Certa vez um mestre olhou para um de seus discípulos mais antigos e gritou:
“Quem é você?”
Sobressaltado e confuso, o discípulo achou que o mestre tinha surtado e esquecido quem ele era. Então respondeu:
“E-eu sou o Michael”.
Então o mestre parecendo voltar ao normal disse:
Deixe-me explicar usando sua resposta: “O EU SOU é a realidade. O EU SOU O MICHAEL é o ego”.
Conta a história, que quando Michael entendeu, autorrealizou seu Eu Real.
Mas, como assim?
Quando um bebê nasce, ele simplesmente é.
Existência pura, sem ego. O bebe nem sequer sabe seu nome e suas características.
Inclusive não faltam psicólogos mostrando que o bebe não percebe a separação da mãe. Ao nascer, para ele, ainda é tudo uma coisa só. Completamente fundido com a mãe.
Essa existência pura e unificada que pode ser observada nos bebês, é o que chamam de Self, Atman ou Eu Real.
Mas os meses passam e o bebe começa a desenvolver o intelecto e junto aparece o ego.
Com a formação do ego, a pessoa que simplesmente era, começa a se identificar com um nome, depois com todas as características que vai reconhecendo e as crenças que vai aprendendo.
O “Eu sou o que eu sou” na citação acima se refere a isso. A pureza em todos nós, antes do ego.
E essa pureza divína é acessível a todos, sendo a dissolução de todos os sofrimentos. Basta saber como olhar para dentro de si, para encontrá-la.
Esse movimento de percepção de olhar para dentro de si para encontrar seu Eu Real e viver sob a perspectiva de sua centelha divina é o que se chama Autorrealização.
A pessoa não deixa de ser quem ela é, mas se percebe como algo maior. Uma coisa unificada com a mente cósmica, com o “Eu sou o que eu sou”, com o Eu Real, Atman, Sat-Chit-Ananda ou qualquer outro nome que isso tenha recebido ao longo da história da humanidade .
Ou seja, utilizando o exemplo acima, o Michael não deixou de ser o Michael, mas sim percebeu que é algo maior, que simplesmente é, sem precisar do ego para ser.
A autorrealização do Eu Real também não significa o fim do ego. O Michael não deixou de saber que ele continuava sendo o Michael. Não deixou de sair com a família para comer pizza ou largou seu trabalho. Mas sim percebeu que seus limites não estão na vestimenta conceitual do ego, mas sim no todo. E provavelmente tocou Deus.
E esse é o significado do “Eu sou o que eu sou”. Você simplesmente é.
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Excelente texto!
Obrigado!